segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Circo da Vida


Sobe o pano, o palhaço entra calmamente, ainda a chorar por dentro, sorri para o publico, faz umas palhaçadas... acaba o seu trabalho recolhe os sorrisos da plateia guarda-os no bolso, as palmas ficam a entoar por um bocado na memória...
Chegas ao teu camarim, uma estrela a porta, o teu nome, as palmas ainda se ouvem (mas já não são aquelas que eram tuas, são as de outro alguém), abres a porta, entras, sentas-te, olhas-te ao espelho.... Tiras a maquilhagem e ainda choras, as lágrimas ajudaram-te no processo.... Voltas a ser tu não és mais o palhaço, não és mais um sorriso, és tu, pensas nela, pensas na vida, e por fim? Bem, o pano da vida fechou-se naquele momento, o teu eterno palco fechou-se, pegas na arma e... já não és mais quem foste... a cortina desce com o teu caixão...
Muitos ainda riem, muitos ainda choram, mas porque nunca ninguém chorou? Porque nunca ninguém riu? Porque ninguém fez isso contigo antes do cair do pano?

2 comentários:

Rana disse...

miudo tu assustas-me... nao tenhas ideias tens uma vida inteira pela frente

Mariana Rebelo disse...

gostei. :)